Revista Sobrado
As Ganhadeiras de Itapuã apresentam-se no palco da Praça da Cruz Caída, no domingo, dia 4 | Foto: Roberto Aguiar/Revista Sobrado

A música tem destaque no Festival Salvador Capital Afro

Até domingo, dia 4, vários espaços do Centro Histórico de Salvador serão ocupados pela programação do Festival Salvador Capital Afro, que é 100% gratuita. Afroturismo, economia criativa, música, audiovisual e empreendedorismo são os principais pilares que compõem a primeira edição do Festival.

A iniciativa reunirá, em cinco dias de experiências, uma série de ações voltadas para fortalecer e valorizar os produtos e serviços locais fornecidos por pessoas pretas, bem como para estimular o desenvolvimento de políticas públicas necessárias para o posicionamento de Salvador como uma cidade antirracista.

Pensado para agregar uma diversidade de público e interesses, o evento promove uma conferência com nomes de projeção nacional e internacional para debater estratégias e ações que transformem Salvador em uma capital antirracista. Além disso, o desenvolvimento econômico será pautado através de rodadas de negócios, mentorias e feira, envolvendo o trade turístico e as indústrias criativas, além de workshops e oficinas. Apresentações musicais, performances e exposições também fazem parte da programação, celebrando a produção cultural afro-baiana da cidade.

O festival é visto como uma base de transformação social, cujo foco é mobilizar pessoas e negócios e envolver, de forma atrativa, a sociedade, e, sobretudo, toda a cadeia de afroempreendedores da cidade, gerando lucro e renda para esse público. A expectativa é atrair um público de mais de 10 mil pessoas.

De acordo com o Prefeito Bruno Reis, o festival é o ponto alto do Movimento Salvador Capital Afro, que busca projetar a cidade como referência nacional e internacional no afroturismo. “Salvador tem uma identidade cultural afro bastante forte, com potencial para assumir maior protagonismo entre viajantes que querem mergulhar neste legado e reconectar com aspectos ancestrais. Vamos conquistar essa posição de destaque, fortalecendo quem faz essa cultura permanecer viva e pulsante: os afroempreendedores da indústria criativa que aqui residem”, afirma o gestor municipal.

Ainda de acordo com Reis, a prefeitura vem realizando diversos investimentos para movimentar a economia criativa preta local, incluindo o Movimento Salvador Capital Afro. “Dessa forma podemos projetar a cidade como um importante destino no afroturismo, enfatizando essa identidade cultural única no planeta, atraindo visitantes e, com isso, gerando emprego e renda para a população”, finalizou o prefeito.

A programação completa do Festival Salvador Capital Afro está disponível aqui.

Música
A música tem seu lugar de destaque no Festival. Afinal, Salvador é capital da música. Hoje, Dia Nacional do Samba, a programação será dedica ao gênero musical que é a cara do Brasil e nasceu na Bahia.

O Largo Terreiro de Jesus, no Pelourinho, recebe hoje, a partir das 18h, representantes do gênero para celebrar este patrimônio e herança da cultura afro-brasileira. O evento vai contar com as apresentações gratuitas do Samba Ohana – grupo formado só por mulheres, que traz em seu repertório a mistura do samba antigo com músicas da contemporaneidade; os Irmãos no Couro, projeto que tem como finalidade a preservação de ritmos ancestrais; o Samba Fogueirão – uma das mais tradicionais bandas de samba junino da cidade – e a cantora Gal do Beco, conhecida como a dama do samba em Salvador.

Amanhã, dia 3, das 14h às 17h, na Praça da Sé, teremos os shows dos Filhos do Congo e Wilson Café. Já das 17h às 21h, no Terreiro de Jesus, acontecem os shows de Danzi, Prince Áddamo, Ravi Lobo, Dão, Melly e Panteras Negras. No domingo, dia 4, das 11h às 12h, no Terreiro de Jesus, ocorre o show infantil com Lilica. Já das 14h às 17h, apresentam-se no palco na Praça da Sé os grupos A Mulherada e Lobo Mall. Das 16h às 18h, quem anima o público no palco do Terreiro de Jesus é Xarope MC e Aspiral do Reggae. Para fechar a programação musical do Festival, apresentam-se no palco da Praça da Cruz Caída, a partir das 18h, os seguintes artistas: Larissa Luz, Ganhadeiras de Itapuã, Hiran, Lazzo Matumbi, Russo Passapusso, Banda Didá e Banda Ixi.