Roberto AguiarNo Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, Rei Lacoste convida artistas nordestinos para celebrar os processos musicais que resgatam e misturam diferentes linhas estéticas, na segunda edição do Baile Antropofágico. Dessa vez, se apresentam também a banda de rock Tangolo Mangos, a rapper sergipana Volúpia e o DJ/produtor Pivoman, hoje (26), às 21h, na Casa da Felicidade.
Com o intuito de trazer artistas que representam essa movimentação cultural, com misturas de expressões e ritmos internacionais que formam uma nova musicalidade brasileira, o Baile evidencia em seu setlist a presença do trap, indie, pop, afrobeats e músicas latinas remixadas.
“Faz cem anos desde que surgiu fortemente a ideia de antropofagia, dessa maneira de se produzir arte, que deu luz às coisas que foram feita em seguida à semana de arte de 22, desde a bossa nova, tropicália, do mangue beat ao Baiana System, então os convidados tem essa verbe antropofágica desde a mistura dos ritmos, escolha dos instrumentos, maneira de compor, há uma tradução brasileira dessas influências”, explica Rei Lacoste.
O Baile Antropofágico, que aconteceu a primeira vez em 2019, segundo ‘Reila’, também é uma forma de protagonizar grupos que produzem arte dessa maneira há anos, como a população negra e periférica da Bahia, mas que na ascensão do conceito de antropogafia foram invisilizados.
